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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Galáxias

As galáxias do nosso Universo não estão distribuídas de forma aleatória e randômica no espaço, isto é, existem certas aglomerações, e por meio delas formam-se estruturas ainda maiores que originam os superaglomerados de galáxias. Tomando essa ideia como base, o tema da tese de doutorado de Marcus Vinícius Costa Duarte, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), trata
do “estudo da evolução de galáxias através de diagramas de diagnóstico e síntese espectral”.
A questão principal é justamente estudar como essas galáxias evoluem nesses ambientes de superaglomerados, pois trata-se, como Duarte explica, de “ambientes com alta densidade de galáxias, com fenômenos de interação que influenciam nessa evolução”. Para isso, e tomando esses ambientes como laboratórios cosmológicos, a primeira parte da tese foi a identificação desses superaglomerados de galáxias através da aplicação de métodos de campo de densidade e o estudo de suas propriedades, como população estelar, massa e outras características.
Para a identificação dos superaglomerados, foi criado um algoritmo com a função de diferenciar regiões mais densas e estudar a sua estrutura - utilizando também uma grande base de dados que disponibiliza a composição de mais de um milhão de galáxias (o Sloan Digital Sky Survey - SDSS). Associado a isso, outro fator determinante para estudar as propriedades desse ambiente foi a realização da síntese espectral, ou seja, com a observação em diversos comprimentos de ondas foi possível reproduzir o que cada espectro informa. Usando um código de síntese espectral (no caso, o Starlight) e a partir do conhecimento já estabelecido das estrelas e das populações estelares, é reproduzido um determinado espectro. Segundo Duarte, ele pode, por exemplo, saber se “uma galáxia que tem 60% de população velha, 20% de intermediária e 20% de jovem”

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